Para a prática desta actividade ilegal, que exige quantidades industriais de energia eléctrica, os envolvidos instalaram dois postes de transformação de energia eléctrica (PT), que ligaram à rede pública.

A mineração de moedas digitais decorria numa fábrica de blocos e num estabelecimento de transformação de materiais ferrosos, asseguram as autoridades policiais.

A primeira acção de desmantelamento foi feita nos Mulenvos de Baixo, município de Viana, onde o grupo dissimulava a mineração de criptomoedas no interior de uma fábrica de blocos, e o outro grupo foi descoberto na via expressa, no interior de um depósito de transformação de materiais ferrosos.

Durante a operação ficaram apreendidas os materiais usados para consumação desta actividade, uma arma de fogo do tipo AKM, duas viaturas e os estabelecimentos foram encerrados.

O governo angolano, por meios da legislação aprovada na Assembleia Nacional, Lei nº3/24 de 10 de Abril, alerta que quem for apanhado a minerar criptomoedas ou outros activos virtuais corre o risco de ser condenado a uma pena que vai de três a 12 anos de cadeia,

Esta lei (ver links em baixo nesta página), visa proteger o país das redes organizadas de "garimpo" de criptomoedas e o sistema eléctrico nacional face ao grande volume de electricidade que os sistemas informáticos usados para o efeito exigem.

O legislador nota ainda que a mineração destes activos pode mesmo colocar em perigo a "segurança energética nacional".