Ao NJOnline, o director Nacional de Saúde Pública, Peliganga Luís Baião, afirmou que as autoridades sanitárias angolanas estão empenhadas na vigilância epidemiológica nos pontos de entrada no País e garantiu que já foram criados mecanismos para identificar indivíduos que apresentem um quadro febril.

Peliganga Luís Baião salientou que o Ministério da Saúde está preocupado com a falta de controlo nas fronteiras oficiosas e alerta as autoridades competentes para que façam uma rigorosa fiscalização.

O director Nacional de Saúde Pública explicou ao NJOnline que no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, que tem um fluxo migratório de 3.700 passageiros por dia, à entrada e saída de passageiros, o aparelho meça a temperatura e, caso o termómetro marque mais de 40 graus, o indivíduo torna-se suspeito de ser portador do vírus.

O responsável afirmou que o único aparelho instalado no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro é moderno e que nos outros pontos fronteiriços os termómetros que fazem a avaliação funcionam a laser e conseguem detectar quadros susceptíveis ou suspeitos.

Questionado se as unidades sanitárias estão preparadas para receber um eventual paciente que seja portador deste vírus, o director Nacional de Saúde Pública respondeu que "todas as unidades hospitalares do País estão preparadas porque a forma de lidar com esta pandemia é semelhante à da Gripe A".

Peliganga Luís Baião salientou que o Ministério da Saúde, no trabalho que tem realizado com a Organização Mundial da Saúde (OMS), tem recebido informações de forma pontual.

O técnico de saúde explicou ainda que as medidas de protecção, individuais ou colectivas, são as mesmas que para as doenças do fórum respiratório.

Na China, enquanto a OMS não divulga o resultado da sua reunião de peritos para definir as medidas imediatas para fazer face à nova ameaça de pandemia, o Governo de Pequim está a dizer aos cidadãos de Wuhan, cidade onde surgiu este novo tipo de coronavírus, para não se deslocarem nem dentro nem para fora do País como forma de conter a doença.

De recordar que o vírus foi inicialmente reportado em Wuhan, no mês passado, já matou 26 pessoas. As autoridades consideram que o País está crítico no que toca à prevenção e controlo do vírus.

Só na China, mais de 800 pessoas estão infectadas e foram já detectados casos no Japão, Tailândia, Taiwan, Hong Kong, Coreia do Sul, Estados Unidos e Macau. Ficou comprovado que o vírus se transmite sobretudo nas vias respiratórias.

A imprensa chinesa avançou esta sexta-feira, que 15 médicos foram infectados, em Wuhan, depois de terem estado em contacto com pacientes.