Baptizado de Kayoola, o primeiro autocarro solar de África - com 35 lugares e capaz de atingir uma velocidade de 92 quilómetros por hora até recarregar baterias -, foi um dos projectos em destaque na Assembleia Ambiental das Nações Unidas, realizada na semana passada no Quénia.

"O que mais temos em África é sol, e uma das coisas que mais nos faz falta são os transportes públicos. Então, decidimos juntar o útil ao agradável e criar o autocarro solar", explicou ao diário espanhol El País Richard Madanda, vice-presidente para o desenvolvimento da Kiira Motors, empresa que está a executar o projecto.

Equipado com duas baterias, o Kayoola, cujo protótipo tem merecido rasgados elogios em todo o mundo, pode ser alimentado tanto a energia solar como a energia eléctrica.

Segundo explica Richard Madanda, um dos estudantes da Universidade Makerere entretanto contratado pelo Governo, a optimização das baterias é um dos principais desafios do autocarro solar.

Igualmente relevante para a circulação do Kayoola é a diminuição dos custos de produção, tendo em conta que os encargos do primeiro veículo ascenderam a cerca de 140 mil dólares.

Com a produção em massa, a Kiira Motors estima que esse valor caia para 58 mil dólares, o que torna o projecto, apoiado pelo Governo, duplamente sustentável: do ponto de vista económico e ambiental.