"Se o Presidente José Eduardo dos Santos for emérito o que é que se vai dar ao fundador que libertou, fez tudo. E os outros que virão? Então, é preciso pensar muito bem nisso", apontou Maria Eugénia Neto, em declarações à agência Lusa.

Falando à margem do lançamento do relatório económico da Universidade Católica de Angola, realizado na terça-feira, em Luanda, a viúva do primeiro Presidente da República, António Agostinho Neto, lembrou que a distinção de emérito aplica-se nas academias de letras e ciências e não em relação a Chefes de Estado.

As declarações da também escritora engrossam o coro de protestos contra o futuro estatuto, que prevê, entre outras regalias, uma pensão vitalícia correspondente a 90% do vencimento durante o último ano de mandato, assistência médica e uma viagem aérea anual em primeira classe extensivos à primeira-dama e aos filhos menores.

Antes da posição assumida por Maria Eugénia Neto, também a sua filha e deputada do MPLA, Irene Neto, manifestou-se contra a figura de PR Emérito.