O responsável sublinhou que para além do açúcar, a Biocom vai produzir, nesta safra, 15 278 metros cúbicos de etanol, contra 14 263 do ano passado, e exportar 200 mil megawatts de energia eléctrica.

Luís Bagorro Júnior disse que a empresa está a trabalhar no sentido de satisfazer as necessidades do mercado, criando programas e projectos que possam responder à procura e utilizando mão-de-obra angolana.

"Estamos a trabalhar seriamente, temos um programa de desenvolvimento individual (PDI) em que cada expatriado que está na Biocom tem de preparar um nacional para o substituir".

O director-geral adjunto declarou ainda que "a participação de expatriados na safra de 2016/2017 reduziu e que, actualmente, a mão-de-obra da Biocom é constituída por 93% de trabalhadores angolanos".

Para atingir a meta de produção serão processadas este ano na Unidade agro-industrial da empresa, em Cacuso (Malanje), 601 mil toneladas de cana-de-açúcar, colhidas numa área de 12 600 hectares, enquanto que em 2016 a moagem foi de 510 mil toneladas de cana-açúcar e a área de colheita foi de 9.272 hectares.

A Biocom é a primeira empresa angolana a produzir e a comercializar açúcar, etanol e energia eléctrica a partir da biomassa, tendo como principais destinatários os pequenos, médios e grandes grossistas do mercado nacional.

De acordo com as previsões do plano de negócios da agro-indústria, a partir da maturidade do primeiro estágio do projecto, a produção anual de açúcar será de 256 mil toneladas, o que equivale cerca de 60% de todo consumo do produto no País.