Os artistas e promotores de eventos culturais do país continuam a aguardar pela aprovação de medidas de alívio económico para fazer face à Covid-19, apesar de a ministra da Cultura, Turismo e Ambiente ter garantido que a situação seria resolvida no mês passado.

A 19 de Maio, no final de um encontro de auscultação realizado em Luanda, Adjany Costa havia garantido, em declarações à imprensa, que o Conselho de Ministros apreciaria, a 25 do referido mês, um documento com apelos a cortes e subvenção de impostos a artistas e empresas da «indústria do espectáculo», assim como a atribuição de subsídios.

Na altura, a governante considerou que se trataria de um "meio-termo" resultante de uma proposta "realística" para apoiar a classe cultural, franja que a governante não teve dúvidas em classificar como sendo "uma das menos valorizadas" no país.

Entretanto, um mês depois, as promessas continuam por se cumprir.

O Novo Jornal sabe, por exemplo, que esteve disponível, até 23 de Maio, um questionário on-line cujos resultados deveriam integrar a proposta sobre as medidas que seriam aprovadas dois dias depois, isto é, a 25 do mês passado, pelo Executivo.

No seguimento do encontro de 19 de Maio, havia sido acordada a criação de um grupo de trabalho que se encarregaria de documentar todas as preocupações e sugestões apresentadas durante a reunião e não só.

Este grupo, para além de técnicos do Ministério da Cultura, Turismo e Ambiente e peritos do Ministério da Economia e Planeamento, deveria agregar dois representantes da classe de artistas e outros dois da classe de promotores de eventos.

Mas, as coisas podem não ter obedecido ao plano inicial, conforme revela, sob anonimato, uma conhecida figura do showbiz angolano, integrante de todo este processo.

"O Ministério [da Cultura, Turismo e Ambiente] não cumpriu com a promessa de voltar a chamar o grupo de trabalho para a análise do documento final para o qual nos pediu contribuições", lamenta a fonte, admitindo, igualmente, desconhecer se as propostas já «subiram» para o Conselho de Ministros ou continuam «engavetadas» no gabinete de Adjany Costa.

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