A informação foi hoje avançada pela ministra da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, Teresa Rodrigues Dias, na abertura de um encontro de auscultação com os empregadores.

Teresa Rodrigues Dias, que revelou que a situação afecta, pelo menos, 3.728 pessoas, afirmou que a dificuldade na compra de matéria-prima e a perda de clientes são apresentadas pelas empresas como as principais causas para a falta de recursos financeiros para sustentar as despesas com recursos humanos.

Para a ministra, a pandemia "lamentavelmente tem-se reflectido negativamente na vitalidade das empresas, na execução de determinadas políticas, como o fomento de emprego".

"Esta situação motivou o executivo angolano a aprovar, por via do decreto presidencial n.º 98/20, de 09 de abril, as medidas imediatas de alívio dos efeitos económicos e financeiros provocados pela Covid-19", disse a ministra em declarações à imprensa.

Num portal do Ministério da Economia e Planeamento (www.alivioeconomico.org) estão determinadas as "medidas de carácter imediato" adoptadas pelo Governo em resposta aos efeitos da pandemia, no valor de cerca de 488 mil milhões de kwanzas, para "assegurar o apoio financeiro para a manutenção mínima" dos níveis de actividade das micro, pequenas e médias empresas do sector produtivo.

Medidas que, segundo Teresa Rodrigues "demonstram, de forma inequívoca, a grande preocupação do titular do poder executivo, para com as empresas que operam no território angolano".

"Para a garantia da estabilidade económico-financeira, bem como a salvaguarda das relações jurídico-laborais dos nossos concidadãos que, no seu labor, garantem a sustentabilidade das suas famílias", reforçou.

O encontro de auscultação dirigido pelo Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social em parceria com outros departamentos ministeriais foi uma orientação do ministro de Estado para a Coordenação Económica.