O presidente da AIPEX, Licínio Contreiras, em declarações aos jornalistas, no decurso da apresentação pública da nova Lei do Investimento Privado, sublinhou a ideia de que estes projectos, apesar de uma desproporção entre a aposta dos investidores nacionais e os estrangeiros, vai ser um importante impulso na criação de emprego e na substituição de importações por produção em Angola.

Contreiras, notou ainda que a nova Lei do Investimento Privado reduz os impostos relativos à aplicação de capitais, industrial e predial urbano entre 25 e 85 por cento, sendo estas percentagens determinadas pela região onde estão inseridos os investimentos , com claro benefício das áreas geográficas afastadas do litoral e se estão ou não integrados nas áreas prioritárias definidas pelo Executivo nos seus planos e programas de incentivo ao investimento.

Estes incentivos têm uma duração de até dois anos e visam, entre outras prioridades, reduzir os constrangimentos às exportações, como, por exemplo, a garantia de qualidade, a melhoria da imagem, como a rotulagem e a embalagem, entre outros.

Licínio Contreiras indicou como prioridades da AIPEX o café, o sal, o mel, o peixe, as rochas ornamentais ou ainda os frutas tropicais para lhes abrir caminho até aos mercados internacionais.

Da parte do Estado, a ajuda deverá sair da garantia de os grandes consumidores, como as Forças Armadas Angolanas ou a Polícia Nacional, atribuírem prioridade à aquisição destas produções, permitindo isso um suporte financeiro sólido que permita catapultar depois esses produtos para a área da exportação.

Recorde-se que, com a legislação alargada e criada no âmbito do repatriamento voluntário e coercivo de capitais que deixaram Angola de formas menos transparentes ou mesmo de forma ilegal, fruto de crimes como a corrupção e o peculato, o Executivo tem igualmente como estratégia fomentar o investimento nestas áreas, podendo surgir um novo e redobrado impulso à medida que o prazo estabelecido por lei para o efeito chegue ao fim.