Esta mina, que, para além da Lucapa, tem ainda como sócios a Endiama e os privados da Rosa & Pétalas, recorde-se, já proporcionou a extracção do maior diamante alguma vez encontrado em Angola, igualmente "D-color", o topo da qualidade em transparência e claridade, com 404 quilates, em Fevereiro de 2016.

Esse diamante, que foi comprado pela joalheira suíça De Grisogono, que pertence maioritariamente à empresária angolana Isabel dos Santos e ao seu marido, Sindika Dokolo, por 16 milhões USD, foi posteriormente trabalhado e transformado numa das mais valiosas jóias dos últimos anos.

Esta jóia de 163 quilates, conseguida depois de mais de um ano de trabalho de corte e polimento da responsabilidade de alguns do melhores artesãos do "metier" da actualidade, já foi considerada pela leiloeira londrina Christies"s, que vai proceder ao seu leilão em Genebra, Suíça, em Novembro, como uma peça "rara" pela qualidade conseguida e pela dimensão do diamante extraído do original em bruto da mina do Lulo, gerida pela australiana Lucapa.

O corte aplicado ao diamante de 404 quilates, denominado na gíria do sector por "corte em esmeralda", esteve disponível ao público no Dubai em Outubro, onde decorreu uma conferência mundial sobre o universo dos diamantes, sendo uma das estrelas do momento em todo o mundo.

A primeira vez que a peça foi apresentada ocorreu na forma de um colar que misturava diamantes e esmeraldas, tendo agora surgido na forma de bracelete, mas sempre com o diamante, entretanto baptizado de "Art of de Grisogono", como epicentro de todas as atenções e olhares.

Entretanto, e mais uma vez, a mina do Lulo surpreende o mundo com mais um diamante de grande dimensão, desde feita com 129,58 quilates, sendo o segundo maior diamante de sempre encontrado em Angola, batendo o anterior, também encontrado nesta mina, em Fevereiro de 2016, com pouco mais de 127 quilates.

O Lulo é considerado, desde 2016, como um fenómeno global, tendo mesmo sido a mina que produziu em média o quilate mais caro, chegando quase aos três mil dólares norte-americanos (2983 USD), mantendo um registo considerado anormalmente elevado de grande pedras reveladas periodicamente pela Lucapa, que tem, com esta estratégia de revelação de achados de interesse, fortalecido de forma significativa o seu valor na bolsa australiana.

Mas as novidades do Lulo não param por aqui. Ao mesmo que revelava mais esta gema gigante, a Lucapa deu também a conhecer ao mundo outro muito excepcional diamente, com 78,61 quilates, igualmente confirmado com a categoria mais elevada em claridade e limpidez.

O director do Lulo, Stephen Wetherall, citado pela Mining Review Africa, considerou que as últimas descobertas no Lulo "vieram reforçar a extraordinária natureza do couto mineiro do Lulo enquanto kimberlito de enorme potencial quanto diamantes de grandes dimensões e de elevada qualidade".

Recorde-se que este é o 7º diamante com mais de 100 quilates extraído do Lulo em menos de dois anos e meio e a explicação para tal ocorrência é que a área foi alvo de violentas e erosivas movimentações geológicas ao longo de milhões de ano que depositaram as gemas raras e valiosas num espaço geográfico bastante limitado e concentrado.

Face a isso, a Lucapa já informou que os trabalhos de exploração estão agora concentrados em 70 dos mais de 200 pontos quentes (anomalias) detectados no couto do Lulo, onde os técnicos pensam estar concentradas as maiores e raras pedras.

As possibilidades de o Lulo poder ainda permitir a extracção de diamantes maiores que o de 404 quilates encontrado em 2016 são de tal molde que a questão já está a ser considerada no meio diamantífero como um "quando" vai acontecer e não um "se" vai suceder.