O documento assinado na terça-feira, segundo um comunicado da Sonangol, tem como pano de fundo o estreitamento das relações de cooperação entre as duas empresas, de onde consta, em destaque, a exploração conjunta dos recurso existentes na bacia do Baixo Congo.

Mas o memorando perspectiva ainda a discussão de modelos de operadores para licenças conjuntas que permitam à Sonangol desenvolver a sua competência como operadora petrolífera e empresa de hidrocarbonetos de referência e a partilha de experiências para a transformação da petrolífera nacional numa empresa comercial e a identificação de potenciais futuros investimentos conjuntos.

Futuros investimentos que podem passar também pelas energias renováveis, até porque a Equinor sustentou a sua existência na junção da antiga Statoil e StatoilHydro com a necessidade sentida pela companhia, maioritariamente (67%) detida pelo estado norueguês, de avançar para o território das energias renováveis, como a eólica, onde está actualmente a investir parte substancial dos seus recursos destinados à inovação.

O que, graças à dimensão da Equinor, com presença em quase 40 países, com milhares de trabalhadores, sendo a 11ª maior petrolífera mundial, tem potencial para acomodar as eventuais perspectivas da Sonangol em diversificar a actividade para a área das energias renováveis.

Na sua essência, a Equinor, como o nome indica, "Equi", de equidade e equilíbrio, e "nor", de Noruega, tem como azimute para o futuro o equilíbrio, nomeadamente o ambiental, sendo a diversificação na área da produção energética sustentável uma das principais apostas deste gigante norueguês.

Como recorda o comunicado da Sonangol, a celebração deste memorando, assinado pelo PCA da Sonangol, Sebastião Martins, e pelo PCE da Equinor, Eldar Saetre, que é o instrumento legal que vai nortear o relacionamento entre as duas companhias, resulta do entendimento alcançado em Junho de 2018 que permitiu a execução bem-sucedida de algumas actividades.