Este novo foco de ébola está situado na província do Equador, na região de Bikoro, próximo da fronteira com a República do Congo - Brazzaville, noroeste da RDC, nas margens do Lago? Tumba, para onde já foram deslocadas equipas do Ministério da Saúde congolês, da Organização Mundial de Saúde e dos Médicos Sem Fronteiras (MSF).

Os primeiros casos de contaminação pelo vírus do ébola foram registados na semana passada, 03 de Maio, mas apenas feita a confirmação oficial ontem, terça-feira, pelas autoridades congolesas.

Esta é a 9ª epidemia de ébola confirmada na RDC, o que, segundo uma nota do Ministério da Saúde, permite ao país ter já equipas competentes para lidar com o problema devido à experiência acumulada anteriormente.

No mesmo texto é dito que na zona de impacto da epidemia já estão várias equipas e um dispositivo considerado suficiente para debelar a epidemia e controlar a sua expansão, confinando-o a uma área restrita.

O vírus do ébola foi descoberto na República Democrática do Congo, em 1976, numa floresta equatorial e fronteiriça com o Congo-Brazzaville.

Ao longo dos últimos anos, a RDC tem sido palco de vários focos de ébola, especialmente nas suas províncias do extremo norte, próximas da República Centro-Africana.

Desta feita, o foco está localizado significativamente mais a sul, embora ainda a várias centenas de quilómetros da fronteira com Angola.

Entretanto, também a OMS divulgou uma comunicação sobre esta nova crise de saúde pública na RDC, onde informa que criou uma equipa alargada dedicada a este problema e colocou um milhão de dólares para ocorrer a esta emergência em Bikoro, cujo centro de saúde local não tem capacidade técnica e humana para garantir uma resposta eficaz.

"A nossa prioridade é enviar uma equipa de especialistas para, no local, trabalhar com as autoridades nacionais e outros parceiros como os Médicos Sem Fronteiras de forma a reduzir a perda de vidas e o sofrimento provocados por este novo surto de ébola", nota o comunicado da OMS.

Recorde-se que o ébola é endémico na RDC e a transmissão para humanos foi feita através de animais selvagens, nomeadamente primatas e morcegos que, por vezes, são consumidos pelas populações locais, sendo a dispersão entre humanos produzida a partir de fluídos corporais, sendo a taxa de mortalidade de 50 por cento.

O vírus do ébola causa, entre os seus principais sintomas, febres, vómitos, diarreia e hemorragias sem causa aparente.