Afinal, Angola não perdeu apenas um título. Foi o segundo seguido e pela primeira vez desde 1983 ficou fora do pódio de honra. Mais: pela primeira vez também desde aquele ano que nenhum jogador angolano não figura na "equipa ideal" do campeonato. Nem mesmo na "segunda" equipa da prova está um jogador nosso, o que quererá dizer claramente que além do paupérrimo jogo colectivo de Angola nenhuma individualidade se destacou. Tão grave quanto isso é a "melhor jogada" da prova, segundo a FIBA-África, ter sido conseguida pelo senegalês Maurice Ndour (Senegal) diante de Angola, conhecida pela sua implacável defesa!

Uma das razões do estrondoso fracasso, já o dissemos na edição anterior, é a descaracterização do modelo de jogo angolano por força da "invasão" de treinadores estrangeiros. Além da vaga de técnicos estrangeiros - nesse caso Mário Palma não pode ser considerado como tal porque é um dos que ajudou a construir a "escola" angolana e como treinador fez-se no nosso país, onde viveu mais de metade da sua vida - também vieram "adjuntos" e em alguns casos até estatísticos e fisioterapeutas, o que diminuiu consideravelmente a intervenção dos angolanos nas principais equipas do país, as que "sustentam" a Selecção Nacional.

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