Sendo a credibilidade do orçamento importante, penso que, depois de aprovado o OGE, este deveria servir de guia orientador dos gastos destinados à prestação eficaz de serviços públicos e do progresso no desenvolvimento sustentável. Se o orçamento sair do rumo, levanta preocupações sobre o motivo de isso acontecer e quais serão as consequências. Desvios repetidos tendem a diminuir a confiança no Executivo e provocam cepticismo quanto à seriedade dos compromissos de desenvolvimento assumidos pelo Governo.

O nível das administrações municipais é visível o facto de que aqueles que governam geralmente enfrentam sérios obstáculos para manter seus planos durante a execução do orçamento. Em relatórios recentes publicados por organizações da sociedade civil, que se dedicam à monitoria social em 35 municípios, abrangendo várias comunas e aldeias, notamos que os orçamentos locais tinham, em algumas rubricas, taxas de execução muito baixas em relação ao projectado; e o problema é pior nos municípios mais desfavorecidos, onde as taxas de execução das despesas orçamentadas não superam, em média, 14% dos gastos previstos nos planos municipais.

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