Embora esta operação recolha o apoio da grande maioria dos angolanos, como aconteceu nas anteriores, a sociedade demonstra já um certo cansaço de medidas que não sejam sustentáveis. O governo de João Lourenço, como acontecia amiúde com o executivo anterior, parece estar o caminho da tomada de decisões por impulso, exactamente as mesmas que nunca deram em nada. As medidas, sobretudo as musculadas, são tomadas sem qualquer plano de contingência, sem a planificação das acções subsequentes e redundam nos fracassos conhecidos.

A invasão estrangeira é uma realidade, mas ela só é possível, graças à permissividade dos nossos serviços administrativos que os transformam em cidadãos nacionais, através de actos de corrupção das autoridades tradicionais, que atestam laços familiares nunca antes existentes, ou por acção de redes organizadas, que se dedicam ao tráfico de seres humanos e, pasmemo-nos, à sua "legalização" em Angola.

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