Esta realidade deveu-se, acima de tudo, aos pergaminhos das conquistas que desencadearam a hiperdivulgação da modalidade e, consequentemente, a massificação. Foi neste contexto que surgiu a Associação de Basquetebol de Rua (ABRUA) e se realizou o ainda relembrado Torneio da ABRUA, com 16 equipas. Estamos a falar do ano 2004! De lá para cá, a divulgação da modalidade viveu, acima de tudo, dos louros das conquistas nacionais e internacionais sem que, para o efeito, fosse efectuado um trabalho de manutenção e incremento, ficando a paixão pela modalidade restrito a alguns nichos territoriais.

Não se compreende como referências do basquetebol nacional, hoje, não são usadas para a divulgação da modalidade. Jean-Jacques da Conceição, José Carlos Guimarães, Miguel Lutonda, Victor de Carvalho, os irmãos Vitoriano e muitos outros caíram na lembrança do treinamento/dirigismo quando os seus feitos deveriam ser constante e reiteradamente lembrados às novas gerações, como se de super-heróis de banda desenhada se tratasse (nós também temos os nossos Jordans, Reggie Millers, Scottie Pippens). Isto teria como efeito cascata a divulgação da modalidade e consequente aumento de interesse e relevância no seio nacional. Todavia, as referências do passado caíram no esquecimento e as do presente não são usadas para, acima de tudo, servir o interesse maior da modalidade com vista o seu engrandecimento ao nível do número de praticantes, inspiração no seio dos jovens, relevância social e importância empresarial.

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