Quanto tempo gasta diariamente a executar tarefas concretas, com impacto directo nos resultados pessoais ou de trabalho? Ou melhor, quanto tempo gasta a mandar emails, a tomar conhecimento ou a opinar em conversas entre colegas, a contar as novidades mais actuais ou até mesmo a ler mensagens, perfis e feeds, nas redes sociais?
Nos Estados Unidos da América (EUA), a resposta à segunda pergunta tem o valor pecuniário de 7,4 mil milhões de dólares, que reflecte perto de 50 milhões de horas desperdiçadas diariamente, de acordo com estudos ao sector dos serviços dos EUA, citados pela Harvard Business Review.
De acordo com vários especialistas, o nosso país tem insuficiências graves no que concerne aos dados sobre os nossos índices de produtividade, especialmente a variável tempo, ou seja, a quantidade de horas de trabalho comparativamente aos resultados alcançados (produtos e serviços criados/desenvolvidos). Portanto, não é possível determinar com o máximo de exactidão possível, os nossos níveis da produtividade a ponto de nos permitir saber: Quantas horas em média um angolano trabalha diariamente e qual é o impacto no Produto Interno Bruto (PIB)?
Num artigo publicado no jornal Expansão, no dia 27 em Agosto de 2018, sobre a produtividade na economia angolana, o investigador sénior do Centro de Estudos e Investigação Científica (CEIC) da Universidade Católica, Alves da Rocha, questiona: "Onde encontrar a explicação convincente para as elevadas taxas de crescimento do sector não petrolífero?" No artigo, o economista diz que não consegue perceber, nem o Governo consegue explicar, de onde vem o crescimento do sector não petrolífero. Na sua opinião, o único indicador que poderia impulsionar tal crescimento é a produtividade dos angolanos. Entretanto, descarta esta possibilidade devido às altas taxas de desemprego e ao facto de as informações estatísticas disponíveis apenas "consentirem uma aproximação ao valor da produtividade média aparente do trabalho, que é insuficiente para se concluir acerca da sua capacidade de influenciar o crescimento económico".
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