Não sabemos se a aeronave que transporta os passageiros é de origem duvidosa. Claro que é consensual que não é o último modelo. Não é claro se é um misto de "barriga de ginguba" onde o povo viaja amontoado nas traseiras transpirando desalmadamente, com uma primeira classe privilegiada a viajar com todas as mordomias.

Não sabemos se a aeronave tem as manutenções feitas de acordo com as recomendações do fabricante ou se, para poupar uns trocados, pulou umas tantas, e por isso está a "babar óleo", denotando vibrações não apenas resultantes das três categorias de turbulência: térmica, mecânica e de cisalhamento.

Não sabemos a que altitude o avião viaja nem se já atingimos a velocidade de cruzeiro. Tampouco é do nosso conhecimento se, no caso de despressurização da cabine, há máscaras de oxigénio para todos, ou se haverá apenas máscaras que escondem as caras dos passageiros, para dissimular o pânico.

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