Segundo o deputado Manuel Fernandes, mesmo que a Assembleia Nacional pague o dinheiro em atraso, não resolve muitos problemas, já que, ao longo deste tempo, têm sido pedidos empréstimos para resolver alguns problemas ao nível dos grupos parlamentares.

"Esperamos que a Assembleia Nacional cumpra com as suas responsabilidade de pagar o funcionamento dos grupos parlamentares", referiu o deputado.

A UNITA, com 51 deputados, deveria receber cerca de 11 milhões de kwanzas por mês, mas até agora a situação não foi resolvida pela Assembleia Nacional.

"Nestas condições, como é que os grupos parlamentares vão funcionar?", questionou uma fonte do grupo parlamentar da UNITA, argumentando que, ao longo deste ano, prestes a terminar, os deputados tiveram problemas de visitar as províncias a fim de apurarem as acções do Executivo.

Ao NJOnline, as representações parlamentares do PRS e da FNLA confirmaram que a situação é semelhante à dos seus homólogos da CASA-CE e a UNITA.

Contactada a bancada parlamentar do MPLA, uma fonte que não quis identificar-se resumiu apenas dizendo que a Assembleia Nacional é imparcial, trata por igual todos os grupos parlamentares.

Recorde-se que as eleições gerais de 2017 contaram com a participação dos partidos políticos MPLA, UNITA, CASA-CE, FNLA, PRS e APN.

Os resultados definitivos colocaram o MPLA em primeiro lugar, com 4.115.302 dos votos (61,077%).

Na segunda posição, a UNITA, com 1.800.860 dos votos (26,72%).

Em terceiro lugar, com 639.789 votos, (9,49%), em quarto lugar PRS, com 89.763 votos (1,33%) e na quinta posição a FNLA, com 61.394 eleitores (0,91%), com direito a um parlamentar.

A APN ocupa a última posição, com 33.437 preferentes (0,50%), votação suficiente para evitar a sua extinção, mas insuficiente para conquistar um mandato.