O Chefe de Estado lembrou, no arranque do seu aguardado discurso à Nação, que, após o final da Guerra, em 2002, foi preciso reconstruir e reorganizar o país e deu o exemplo de Luanda, cidade que "teve de ser protegida de ataques bombistas".

Naquele que era um dos discursos mais aguardados de José Eduardo dos Santos dos últimos anos, confirmou-se que a tónica foi colocada na crise económica que assola o país "desde 2008", e dos esforços feitos logo após o fim do conflito armado, nomeadamente na exigência da reconstrução de pontes, centrais, linhas de transporte de energia, bem como desminar largas extensões de território para permitir o desenvolvimento da agricultura.

José Eduardo dos Santos defendeu que, apesar da crise económica e financeira que assola o país desde 2008, devido à queda do preço do petróleo no mercado internacional, Angola "está a lidar com a crise melhor que outros países".

E deu como exemplo a queda dos preços dos bens essenciais, a diminuição dos juros, a melhoria dos níveis de emprego, no sistema de saúde e da educação, entre outros, substanciando a retoma dos ganhos permitidos pela paz, que estavam a ser colocados em causa.

O Chefe de Estado disse ainda que não é verdade que a diversificação da economia seja uma coisa nova, porque ela está a acontecer "há muito tempo", lembrando que a história do país não é a mesma que existe noutros países.

E apontou também, entre outros exemplos, os esforços de desminagem, porque, como lembrou igualmente, "Angola era, a par do Cambodja", um dos países mais minados do mundo.