Em declarações ao Novo Jornal, as candidatas são unânimes em defender um maior envolvimento da mulher nas tarefas sociais para o alcance da igualdade de oportunidades e transformarem a LIMA numa "máquina" mobilizadora da UNITA.
A presidente cessante, Helena Bonguela, que volta a candidatar-se, defende o reforço da unidade e da democracia no seio do partido, visando o fortalecimento das estruturas para os próximos desafios políticos.
"O reforço da unidade entre os militantes possibilitará que as estruturas de base estejam cada vez mais fortes para corresponder aos anseios do partido, tendo em conta as eleições autárquicas e gerais", disse.
Helena Benguela prometeu trabalhar com a direcção do partido na concretização dos principais objectivos para a afirmação da cidadania e para a alternância do poder em Angola.
"Vou conjugar esforços com as demais organizações da sociedade para a alfabetização de mais mulheres em Angola e continuar a lutar pela defesa e pela dignidade da mulher angolana, promovendo a educação para a cidadania", referiu.
Segundo ela, o País vive uma nova fase, por isso, a UNITA deve estar preparada para a mudança para uma Angola melhor, onde todos angolanos devem viver de igual para igual com a divisão de riqueza por todos.
O combate à violência doméstica à luz da Constituição da República de Angola e da Lei e implementar os 11 compromissos reconhecidos pela Nações Unidas sobre as crianças são outros desafios apontados pela candidata.
Como estratégia para a sociedade, a candidata referiu que vai continuar a participar em iniciativas de organizações nacionais e internacionais que promovam a justiça social, a paz, a solidariedade e os direitos humanos.
Perfil da candidata
Helena Bonguela nasceu a 3 de Junho de 1957, no município de Kachiungo, província do Huambo. É bacharel em psicologia pela faculdade de ciências socais da universidade António Agostinho Neto.
Helena Bonguela aderiu à UNITA em 1974, na cidade de Serpa Pinto, hoje Menongue, província do Kuando Kubango.
Em 2009, foi nomeada vice-presidente do executivo nacional da LIMA
Actualmente é a presidente da Lima, deputada à Assembleia Nacional e membro da Comissão Política da UNITA.
Manuela dos Prazeres promete expandir a mensagem do partido
Manuela dos Prazeres de Kazoto é outra das candidatas à presidência da Liga da Mulher Angolana. Diz que a sua candidatura assenta no facto de existirem "muitos problemas" a afectar as mulheres, o que a encoraja a fazer melhor.
"Iniciámos uma grande marcha política que nos levará indubitavelmente à eleição no dia 3 de Abril do ano em curso", referiu, salientando que, em democracia e nas competições políticas, "não há vencedores antecipados, razão pela qual se impõe uma atenção redobrada no seu trabalho".
"A vitória vem de um trabalho científico e incansável, que passa pela mobilização convincente, olhando sempre para o interesse maior, a nossa Pátria, em primeiro lugar", acrescentou.
Lamentou que a exclusão social faça morada em Angola, "onde há gente sem eira e nem beira, e que necessita de um capa protectora".
"Uma vez vencidas as eleições internas, servirão de semente para expandir a mensagem da UNITA em todos os recantos desta bela Pátria", prometeu.
Referiu que à LIMA foi dada a missão de mobilizar, organizar, enquadrar e promover as mulheres angolanas para os grandes objectivos definidos pela UNITA, que visam acima de tudo a realização plena dos angolanos.
"É para a materialização desse desiderato, tendo como metas imediatas as eleições autárquicas em 2020 e as eleições gerais em 2022, que a LIMA deve trabalhar", concluiu.
Perfil da candidata
Manuela dos Prazeres nasceu ao 30 de Dezembro de 1973 no município de Catabola, na província do Bié.
É jornalista, foi porta-voz da LIMA, secretária para a informação da LIMA, e é membro da Comissão Política da UNITA, desmobilizada com a patente de tenente.
Manuela dos Prazeres está a frequentar o último ano do curso de direito na universidade Jean Piaget.
Domingas Njungulo defende um maior envolvimento da mulher nas tarefas sociais
Domingas Njungulo, também ela candidata à presidência do braço feminino da UNITA, afirmou que a mulher tem um papel preponderante a desempenhar, particularmente na busca da igualdade de género, lutando contra a violência doméstica.
"A solução dos vários problemas enfrentados pela mulher passa necessariamente por uma melhor estruturação da sociedade", disse, defendendo que, caso seja eleita presidente da LIMA, vai incentivar as mulheres para a instrução, aprendizagem e formação técnica profissional.
"Os desafios que se avizinham apelam por uma responsabilidade mais ajustada e elevada. Chegou a hora de resgatarmos o poder das mãos do MPLA", frisou, acrescentando que, caso seja eleita presidente da LIMA, vai expandir a mensagem da UNITA em todo o País.
Segundo ela, as lutas e conquista da LIMA pela participação feminina na política fizeram desta organização o instrumento por excelência da UNITA.
"A minha candidatura defende um maior envolvimento da mulher nas tarefas sociais para o alcance da igualdade de oportunidades com os homens. A mulher angolana continua firme na luta pela emancipação e igualdade de género e de oportunidades", acrescentou.
Perfil da candidata
Domingas Njungulo nasceu ao 13 de Maio de 1969, no município do Huambo, província do Huambo. Actualmente faz parte do Comité Nacional da LIMA.
Tem o primeiro ano de psicologia.