O governador de Benguela, Rui Falcão, alega desconhecer os activistas que exigem a sua demissão, mas diz estar aberto ao diálogo com todos os membros da sociedade civil.

Em exclusivo ao Novo Jornal, o governante garante que o seu pelouro está aberto ao diálogo, caso as ideias sejam construtivas, tendo, na ocasião, esclarecido que nenhum cidadão é perseguido por pensar diferente.

"Estamos abertos ao diálogo com toda a sociedade civil, desde que tragam ideias construtivas", declara em resposta aos activistas que denunciam alegadas perseguições pelas críticas que têm sido feitas contra a governação.

"Desde que cá estou, jamais alguma manifestação foi impedida ou reprimida. Se alguns indisciplinados têm conflitos com quaisquer entidades, essa responsabilidade não pode ser imputada ao Executivo, senão aos próprios", salienta.

Em contrapartida, os activistas que se mostram contra a governação, sob alegação de má gestão, denunciam ao NJ que estão a sofrer "intimidações" e "perseguições políticas".

Os autores da petição pública, que pedem a exoneração do governador, afirmam ter recebido várias ameaças de que seriam desempregados da função pública.

Sandra Paulo, activista social e professora do ensino primário, informa que, nos últimos dias, as intimidações contra si têm sido intensas, depois da última manifestação contra o injusto desalojamento de centenas de famílias no bairro das Salinas, arredores da cidade de Benguela.

"Recebi mensagens de pessoas próximas que dizem estar a temer pela minha vida. Não posso dizer ainda qual é o órgão que tem falado tanto do meu nome, mas esta mesma diz que o que ocorreu lá não é bom", conta.

A activista declara que as ameaças de que sofrem visam unicamente silenciar os críticos da actual governação, sobretudo na província de Benguela.

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