"Deve-se impor a disciplina e autoridade em Luanda e consequentemente ouvir directamente os cidadãos e cumprir as linhas orientadoras de governar com os cidadãos", disse o ministro a Adriano Mendes de Carvalho, que sucede no cargo ao general Higino Carneiro.

O ministro mencionou a densa urbanização, a alta demografia, o crescimento desordenado, principalmente na periferia, a ocupação ilegal de espaços e a falta de respeito pelas autoridades por parte dos habitantes de Luanda como desafios a enfrentar, mas apresentou algumas soluções, tais como a diminuição da intervenção central e o reforço da intervenção dos municípios: "Chegou a hora de os municípios desempenharem o seu verdadeiro papel e essa é, seguramente, uma das linhas estratégicas que temos de desenvolver".


"Precisamos de municípios cada vez mais próximos, capazes de impor mais disciplina e que trabalhem mais directamente com os cidadãos. Queremos contar com os cidadãos, ouvi-los e obter a participação e a colaboração da população o máximo possível", disse o ministro que reconheceu que o caminho "é longo e difícil, mas que o envolvimento e a participação dos cidadãos são peças fundamentais para um melhor diálogo e abertura de modo a resolver tudo que aflige a munícipes".


Já o novo governador da província de Luanda, Adriano Mendes de Carvalho, durante a sua intervenção, desafiou a população a assumir um pacto de conduta social: "Devemos responsabilizar socialmente todos aqueles não-alinhados, sem negligenciar a possibilidade de uma penalização para os transgressores".
O novo governador defendeu maior responsabilidade dos dirigentes para que possam servir de exemplo aos seus subordinados.


"Cada um de nós deve fazer bem o seu trabalho, dedicar-se com zelo às tarefas de preservação da cidade de Luanda. Por isso, peço ao cidadão, às entidades religiosas, associações, empresas e famílias para ajudarem nesta responsabilidade de dever cívico e moral", afirmou.

Adriano Mendes de Carvalho disse ainda que é preciso humanizar os serviços, desde as administrações municipais às escolas e hospitais. "Deve-se eliminar a ideia do lucro fácil e a falta de interesse no bem comum. A Lei da Probidade Administrativa deve começar pelos dirigentes para que depois sejam cobrados aos seus colaboradores", salientou.