"Ninguém deve pagar salário de escravo aos seus trabalhadores", defendeu o número dois dos "Maninhos" no encontro, convocado no "quadro do modelo de Governo que a UNITA quer estabelecer no país".

Segundo nota divulgada pelo maior partido da oposição, a apresentação do programa de governação a jornalistas, representantes da sociedade civil e opinion makers permite não só dar a conhecer as suas propostas, mas agregar novos contributos, tendo em vista o "estabelecimento de políticas que possam ir ao encontro das expectativas e necessidades reais dos angolanos".

Para além de reiterar o compromisso da UNITA com o aumento do salário mínimo para 83.000 Kwanzas - valor que o partido acredita ser ajustado à economia nacional - o vice-presidente apontou a criação de empregos como outra das metas do programa de Governo.

Segundo Raúl Danda, os fundos para implementar as propostas do "Galo Negro "podem ser encontrados se forem expurgados dos orçamentos o dinheiro que se gasta na corrupção, que se gasta com militares, polícias e funcionários e com sobrefacturações".

No quadro das reformas do Estado que a UNITA pretende levar a cabo, Raúl Danda assegurou que se ganhar as eleições de 23 de Agosto, "o Governo Inclusivo e Participativo vai implementar as eleições autárquicas em 2018".

Quanto à Educação e Saúde, o partido dos "Maninhos" promete fortes investimentos nos dois sectores, "na ordem de até 15% do Orçamento Geral do Estado".

A UNITA promete ainda tornar a educação obrigatória e gratuita do ensino base até ao ensino médio.

Raúl Danda defendeu igualmente "a necessidade de ser prestado cuidado devido aos professores, assegurando a sua formação contínua, salários condignos, evitando que sejam autênticos atrofiadores de mentes, como acontece, em alguns casos, nos dias que correm".

Já sobre os planos para diversificação da economia, o vice-presidente da UNITA sublinhou a importância dos investimentos no sector agrícola, com destaque para a criação de cooperativas familiares.