Na ocasião, o também vice-Presidente do MPLA agradeceu a confiança em si depositada por José Eduardo dos Santos e reiterou o empenho do Governo "na materialização do projecto de segurança marítima, com vista a responder também à preocupação da comunidade internacional de ver maior engajamento dos países africanos na protecção do Golfo da Guiné, de potenciais actos de terrorismo e de pirataria".

Dirigindo-se aos dirigentes e altos responsáveis do Ministério da Defesa e das Forças Armadas Angolanas, bem como aos seus colaboradores directos - "pontificados nos excelentíssimos senhores secretários de Estado e no comando das Forças Armadas Angolanas (FAA)" -, o Presidente da República eleito sublinhou o contributo de todos os que "de modo abnegado e com espírito de responsabilidade deram o melhor de si para o engrandecimento" do seu antigo ministério.

"Destaco todo o vosso apoio e camaradagem e faço votos de que continuem na mesma senda, em termos de colaboração com o futuro ministro da Defesa Nacional, que certamente prosseguirá com o mesmo modelo de gestão participativa", disse João Lourenço, lembrando que o essa fórmula "permitiu alcançar muitos dos objectivos preconizados e que foram fundamentais para o êxito do Ministério da Defesa" nos últimos "pouco mais de três anos".

"Graças à interacção entre os órgãos e serviços do Ministério, regiões e unidades das FAA, promovemos parcerias importantes, quer com países amigos, quer com várias instituições nacionais, facto que permitiu a concretização de muitos projectos, a consolidação e aprofundamento dos laços de cooperação existentes", enfatizou o sucessor de José Eduardo dos Santos.

Segundo o novo Chefe de Estado, essas ligações "têm contribuído no processo de potenciação, modernização e edificação das nossas Forças Armadas, com os investimentos feitos no Exército e na Força Aérea", destacando-se a aquisição de moderno armamento e técnica.

Para além de fazer a apologia da continuidade, João Lourenço defendeu a necessidade de implementar alguns ajustes.

"Trabalharemos no sentido de tornar a Caixa de Segurança Social das FAA menos dependente do Orçamento Geral do Estado, para melhor cumprir com a responsabilidade de atendimento aos oficiais reformados e pensionistas", prometeu.