Angola caiu oito posições no Índice Global da Fome (em inglês Global Hunger Index - GHI) 2025, passando do 103.º lugar em 2024 para o 111.º este ano, e figura entre os 13 países com piores níveis de fome no mundo. De acordo com o relatório intitulado Índice Global da Fome de 2025: 20 anos de monitoramento do progresso: hora de renovar o compromisso com a fome zero, divulgado pela organização alemã Welthungerhilfe e pela irlandesa Concern Worldwide, com 29,7 pontos, Angola continua no grupo de nações com níveis sérios de fome.

Apesar dos progressos registados nas últimas duas décadas - quando a situação era considerada "alarmante" -, no ano passado o País regrediu num dos indicadores sociais mais sensíveis: a desnutrição infantil. Os dados mais recentes do GHI consultados pelo Novo Jornal revelam índices alarmantes de desnutrição infantil: quase metade das crianças menores de cinco anos (47,7%) no País sofre de atraso no crescimento devido a uma má alimentação. Trata-se de um aumento de quase 50%, face aos indicadores registados em 2023 (32,1%). Para além disso, 5,1% das crianças enfrentam desnutrição aguda e 6,7% morrem antes de completar cinco anos. No geral, 22,5% da população, mais de oito milhões de habitantes, vive em situação de subnutrição.

Com esta classificação, Angola mantém-se entre os países com níveis de fome considerados graves e ainda distantes das metas globais de erradicação da fome até 2030.

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