"Sim, o serviço de táxi em Cacuaco voltou esta segunda-feira, 15, à normalidade. E tudo voltou a ser como antes, as paragens foram devolvidas e já nos é permitido circular na EN-100", explicou ao Novo Jornal o presidente da Associação dos Taxistas de Angola (ATA), Rafael Inácio.

Segundo o líder da ATA, o processo de negociações deixou de ser da responsabilidade da Administração Municipal de Cacuaco, na pessoa do seu administrador, e foi feito com a estrutura central do GPL, na pessoa da governadora Joana Lina, que deliberou o regresso à normalidade em Cacuaco.

No encontro, conta Rafael Inácio, foi assinado um termo de compromisso com o GPL, na passada sexta-feira,12, e ficou definido que a circulação voltaria à normalidade hoje dia 15.

"As associações terão a responsabilidade de fiscalizar, orientar e organizar as paragens, através dos brigadistas já existentes. No entanto, tudo voltou ao normal esta segunda-feira e os taxistas voltaram a usar as paragens antigas que a administração havia proibido", afirmou.

De acordo com o presidente da Associação dos Taxistas de Angola, os "azuis e brancos", também já estão autorizados a circular na EN-100 sem qualquer impedimento, coisa que já não era permitido, por ordem das autoridades em Cacuaco.

Rafael Inácio explicou que a paralisação teve como causa o desvio das paragens, uma decisão tomada unilateralmente pela administração, alegando que a actividade de taxista tem sido a causa do aumento de crimes e da venda desordenada no município.

"Fomos surpreendidos, sem nenhuma explicação prévia, pela administração, que orientou a nossa retirada da zona habitual e passássemos a transitar pelo interior do bairro, quando, até ao momento, não foi feito trabalho de melhoria das ruas, conforme o prometido", contou.

Face a essas proibições, milhares de cidadãos nestas circunscrições eram obrigados a percorrem vários quilómetros a pé para apanhar táxis, como certificou o Novo Jornal, nos últimos tempos.

Assim sendo, estão devolvidas as principais paragens de Cacuaco, como a da Cerâmica, vidrul, vila sede e Quifangondo.

Segundo Rafael Inácio, desde que os taxistas passaram a usar a via indicada pela administração foram já registados vários assaltos aos passageiros e motoristas e muitas viaturas ficaram danificadas por causa das más condições do traçado.

De recordar que a paralisação de cinco dias foi decidida no princípios desde mês pela ATA em cooperação com as Associação Nova Aliança dos Taxistas de Angola (ANATA) e a Associação de Motoqueiros Transportadores de Angola (AMOTRANG).