Em declarações hoje aos jornalistas, o vice-PGR, Mota Liz, explicou que o Ministério Público "vai confirmar a sua acusação", envolvendo, entre outros, o antigo Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas Angolanas (FAA) Geraldo Sachipengo Nunda, o ex-diretor da Unidade Técnica para o Investimento Privado (UTIP) e secretário para a Informação do MPLA, Norberto Garcia e a empresária Celeste de Brito António.

Entre os 11 arguidos, incluindo seis estrangeiros, sete estão em prisão preventiva desde Fevereiro deste ano.

Ainda na semana passada, o Procurador-Geral da República, Hélder Pitta-Grós, anunciava que a investigação sobre o fundo de investimento tailandês, suspeito de tentar burlar o Estado em 50 mil milhões de dólares, estava quase concluído.

"O processo está quase na sua fase final e dentro de pouco tempo poderemos concluí-lo e a partir daí vermos se há factos suficientes que nos levem a acusação ou não. Estamos a trabalhar nesse sentido", disse.

A rede de indivíduos, segundo o Serviço de Investigação Criminal, na altura das detenções, "advogava a necessidade de fazer parcerias com empresas angolanas, tendo recebido 53 propostas de empresas nacionais" para acesso à linha de crédito milionária alegadamente disponibilizada com cobertura do Estado tailandês.