Em muitos dos supermercados, aos quais a reportagem do NJ fez uma ronda, um frasco de álcool gel de 60 ml, que há um mês custava até 500 kwanzas, está agora a ser comercializado acima dos 600 Kz. O preço de uma máscara em muitas farmácias e mercados informais ultrapassa os 400 Kz, o dobro em relação ao que era comercializado há algumas semanas.

Sem grandes alterações continua, entretanto, o custo do sabão. A barra do sabão azul, detergente tido como eficaz no combate a vectores transmissores da Covid-19, está a custar no mercado informal entre 900 a 1200 kwanzas.

"Em casa, estamos a usar o sabão para medida preventiva contra o coronavírus. É eficaz e muito mais económico, se comparado com uma máscara, cujo tempo de uso é de apenas duas horas por cada unidade", refere Bendita Júlia, farmacêutica.

«A pandemia já está por perto»

Felisberto e Carolina partilham duas coisas em comum: ambos são estudantes da área de Saúde e decidiram usar máscaras como forma de prevenção contra o coronavírus.

"Já que há uma pandemia no mundo, e já está no Congo, achei por bem prevenir-me usando máscara antes mesmo que a doença chegue a Angola. Já o faço há uma semana", refere o estudante de Enfermagem.

"Decidi usar máscara para me proteger do coronavírus, porque sei que é uma doença muito contagiosa. Passarei a usar, no mínimo, duas vezes ao dia, para evitar que as bactérias se instalem nas máscaras", informa a adolescente, que frequenta a 10.ª classe do curso de Enfermagem.

Rodrigues Paulo foi interpelado pela reportagem deste jornal numa das frenéticas ruas do bairro S. Paulo, onde já se pode ver, com alguma frequência, cidadãos a fazerem o uso de máscaras.

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