Destes 32 novos casos, que elevam para 244 o número de infectados no País, seis juntam-se aos casos com origem da infecção por definir, o que totaliza 25 com vínculo epidemiológico por determinar.

De acordo com o secretário de Estado para a Saúde Pública, Franco Mufinda, que fazia a habitual actualização de casos, 28 casos foram assinalados na província de Luanda e quatro no Kwanza Norte.

Destes, 26 são resultantes de contactos de casos positivos em tratamento nos centros de internamento.

Os municípios de Luanda mais afectados são Cazenga, Talatona, Maianga Belas e Ingombota.

Franco Mufinda garantiu que "estes conglomerados não preenchem o critério da transmissão comunitária ou sustentada de casos".

"Só se tivéssemos grandes surtos, ou seja, um número elevado de casos confirmados em que não se consegue encontrar as cadeias de transmissão", declarou.

Angola soma agora 244 casos positivos, 153 activos, 81 recuperados e 10 mortos.

O vírus, o que é e o que fazer, sintomas

Estes vírus pertencem a uma família viral específica, a Coronaviridae, conhecida desde os anos de 1960, e afecta tanto humanos como animais, tendo sido responsável por duas pandemias de elevada gravidade, como a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS), transmitida de dromedários para humanos, e a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), transmitida de felinos para humanos, com início na China.

Inicialmente, esta doença era apenas transmitida de animais para humanos mas, com os vários surtos, alguns de pequena escala, este quadro evoluiu para um em que a transmissão ocorre de humano para humano, o que faz deste vírus muito mais perigoso, sendo um espirro, gotas de saliva, por mais minúsculas que sejam, ou tosse de indivíduos infectados o suficiente para uma contaminação.

Os sintomas associados a esta doença passam por febres altas, dificuldades em respirar, tosse, dores de garganta, o que faz deste quadro muito similar ao de uma gripe comum, podendo, no entanto, evoluir para formas graves de pneumonia e, nalguns casos, letais, especialmente em idosos, pessoas com o sistema imunitário fragilizado, doentes crónicos, etc.

O período de incubação médio é de 14 dias e durante o qual o vírus, ao contrário do que sucedeu com os outros surtos, tem a capacidade de transmissão durante a incubação, quando os indivíduos não apresentam sintomas, logo de mais complexo controlo.

A melhor forma de evitar este vírus, segundo os especialistas é não frequentar áreas de risco com muitas pessoas, não ir para espaços fechados e sem ventilação, usar máscara sanitária, lavar com frequência as mãos com desinfectante adequado, ou sabão, cobrir a boca e o nariz quando espirrar ou tossir, evitar o contacto com pessoas suspeitas de estarem infectadas.