A ministra da Saúde explicou que as três mortes são de pacientes que se encontravam em estado crítico, dois no Hospital de Campanha da Zona Económica Especial, e um no Hospital Militar, todos em Luanda.

Os novos 33 infectados têm entre 18 e 75 anos de idade, sendo nove do sexo feminino e os restantes do sexo masculino, referiu Sílvia Lutucuta, que anunciou ainda a recuperação de cinco pacientes.

Angola soma assim 812 casos positivos, 33 óbitos e 226 recuperados.

Voos começam a realizar-se na próxima sexta-feira

Ricardo de Abreu informou que estão registados 1.800 cidadãos angolanos em Lisboa e 300 no Porto que mostraram interesse em regressar ao País.

Os voos começam a realizar-se no dia 24 de Julho e vão prolongar-se "possivelmente até ao final do ano", antecipou o ministro, que informou que foram definidos critérios de prioridade, sendo que neste primeiro vôo deverão ser escolhidos os cidadãos angolanos com bilhete de passagem válido, emitido pela TAAG, que se tenham deslocado a Portugal por motivos de saúde, e também idosos e famílias com crianças.

O primeiro vôo, que sairá de Lisboa às 08:00 da próxima sexta-feira, tem como condições de embarque a apresentação do teste molecular de covid-19 ( RT-PCR), realizado 72 horas antes da viagem.

Os voos serão realizados com a periodicidade de 14 dias, ou seja, à medida que os centros de quarentena tenham disponibilidade de espaço. Contudo, podem ser realizadas viagens antecipadas, devidamente coordenadas com o Ministério das Relações Exteriores e a embaixada de Angola em Portugal, para que haja notificação antecipada das pessoas nas listas.

Para os cidadãos que se encontram no Porto, na próxima semana deverá haver também um vôo de repatriamento, informou Ricardo de Abreu .

Os primeiros passageiros terão de aceitar ficar nos centros de quarentena ou nos hoteis indicados pelas autoridades sanitárias. Terão ainda de se fazer acompanhar de material de protecção individual.

Chegados a Luanda, os passageiros, que serão sujeitos a alguns procedimentos de rastreio, terão à sua espera autocarros que os levarão aos centros de quarentena ou aos quatro hoteis designados (Victoria Garden, Station, Aldeamento Turístico Muié Lodge, e o Infotur), onde permanecerão 14 dias.

Nos locais de quarentena, a assistência médica e medicamentosa será assegurada pelo Ministério da Saúde.

Durante o período de permanência nos locais de quarentena será feita testagem dos passageiros e com base nos seus resultados serão determinados os passos seguintes a executar, informou ainda o ministro.

Ricardo de Abreu apelou aos cidadãos que regressam para que tenham uma atitude e comportamento urbano e cívico, porque ao longo das últimas semanas foram observados alguns comportamentos "pouco cívicos, inapropriados, usando linguagem imprópria sobre o esforço colectivo que está a ser feito e que deveria merecer o respeito de todos".

"Apelamos para a compreensão de todos e para a paciência, para podermos ter o processo que, na prática, dignifica o bom nome do País e de todos os cidadãos angolanos. Portanto, não deverão embarcar os cidadãos que não terão comportamento apropriado e adequado às circunstâncias e ao esforço que todos estão a fazer", reforçou o ministro, que acrescentou que as autoridades estão preparadas "para a responsabilização e criminalização de todos esses actos".

"Iremos usar todos os meios necessários para a defesa do bom nome e do esforço colectivo que temos estado a fazer, assim como também da protecção dos activos, que muitas vezes são, deliberadamente, danificados ou destruídos por parte destes cidadãos", disse Ricardo de Abreu.