Segundo fontes deste jornal, o caso da morte do idoso, de 82 anos, diagnosticado com Covid-19 - e que as autoridades investigam se se trata de uma transmissão local ou comunitária, em virtude de este ter escalado o país em Fevereiro, vindo de Portugal, numa altura em que aquele país ainda não registava casos positivos - colocou em alarme os trabalhadores das clínicas Caridade e Multiperfil, onde o ancião foi assistido, durante vários dias, sem se ter dado conta que se estava perante um caso de Covid-19.

"O senhor deu entrada, há vários dias, na clínica Caridade, que o recebeu como um caso normal. Em momento algum, foi tratado como caso suspeito de Covid-19. Depois, o seu quadro agravou-se. Entrou num quadro muito grave de insuficiência respiratória, teve que ser transferido para a Multiperfil, lá esteve internado durante 10 dias, mas não foi tratado também como um caso suspeito de Covid-19. Tratavam-no como um doente com problemas pulmonares, tanto é que ficou numa enfermaria normal, tendo vários contactos durante estes 10 dias", contam as fontes.

Referem que, só no último fim-de-semana, é que, após uma bateria de testes, se apurou, ainda na Multiperfil, que o paciente padecia também de Covid-19, tendo sido accionados os serviços de Saúde Pública.

"Transferiram-no para a Barra do Kwanza, só que o senhor já tinha sido transferido num estado muito grave, ventilado e tudo. E, infelizmente, não resistiu", afirmam.

Relatam que o diagnóstico positivo feito ao paciente impôs um clima de pânico e de incertezas nas clínicas Caridade e Multiperfil, tendo estas partido imediatamente para testagem em massa de trabalhadores.

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