Durante a habitual actualização diária da Covid-19 em Angola, o porta-voz da comissão técnica avançou ainda que foram registados mais 23 recuperados.

Dos 16 infectados, 13 são do sexo masculino e três do sexo feminino, com idades compreendidas entre os 18 e os 69 anos.

Franco Mufinda explicou que entre os novos casos, um é da província do Bié e furou a cerca sanitária, tendo sido capturado. Outro foi registado na Base Logística de Apoio às Empresas Petrolíferas do Kwanda, no município do Soyo, província do Zaire.

Sobre um dos óbitos, Franco Mufinda disse tratar-se de uma jovem de 16 anos, com doença crónica descompensada, que faleceu na Clínica Girassol. O segundo, de 69 anos, homem, admitido na urgência do Hospital Militar com insuficiência respiratória grave, acabou por falecer na unidade de combate à covid-19 na Zona Económica Especial, para onde tinha sido transferido.

Com a soma dos 16 casos nas últimas 24 horas, Angola passa a ter 1.164 infecções confirmadas, 54 mortes, 460 recuperados e 650 activos.

Até à data foram processadas 64.696 amostras, das quais 1.164 foram positivas. Foram ainda feitos 37.251 testes rápidos, dos quais 2.163 reactivos.

O vírus, o que é e o que fazer, sintomas

Estes vírus pertencem a uma família viral específica, a Coronaviridae, conhecida desde os anos de 1960, e afecta tanto humanos como animais, tendo sido responsável por duas pandemias de elevada gravidade, como a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS), transmitida de dromedários para humanos, e a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), transmitida de felinos para humanos, com início na China.

Inicialmente, esta doença era apenas transmitida de animais para humanos mas, com os vários surtos, alguns de pequena escala, este quadro evoluiu para um em que a transmissão ocorre de humano para humano, o que faz deste vírus muito mais perigoso, sendo um espirro, gotas de saliva, por mais minúsculas que sejam, ou tosse de indivíduos infectados o suficiente para uma contaminação.

Os sintomas associados a esta doença passam por febres altas, dificuldades em respirar, tosse, dores de garganta, o que faz deste quadro muito similar ao de uma gripe comum, podendo, no entanto, evoluir para formas graves de pneumonia e, nalguns casos, letais, especialmente em idosos, pessoas com o sistema imunitário fragilizado, doentes crónicos, etc.

O período de incubação médio é de 14 dias e durante o qual o vírus, ao contrário do que sucedeu com os outros surtos, tem a capacidade de transmissão durante a incubação, quando os indivíduos não apresentam sintomas, logo de mais complexo controlo.

A melhor forma de evitar este vírus, segundo os especialistas é não frequentar áreas de risco com muitas pessoas, não ir para espaços fechados e sem ventilação, usar máscara sanitária, lavar com frequência as mãos com desinfectante adequado, ou sabão, cobrir a boca e o nariz quando espirrar ou tossir, evitar o contacto com pessoas suspeitas de estarem infectadas.