Em nota de imprensa, a Procuradoria afirma existirem "indícios de violação dos contratos celebrados entre a Aenergy e o Ministério de Energia e Águas através da empresa pública PRODEL para o fornecimemto de turbinas visando a produção de energia eléctrica, decorrente de uma linha de crédito atribuída ao Estado angolano pela empresa General Electric Capital no valor de 1,1 mil milhões de dólares".
No mesmo comunicado, a PGR afirma que "as quatro turbinas eléctricas adquiridas com fundos públicos sem o conhecimento do Ministério da Energia e Águas" foram apreendidas judicialmente no seguimento da sentença do Tribunal Provincial de Luanda.
A PGR faz ainda saber que, em sede do mesmo processo, foram arrestadas peças e consumíveis decorrentes de um contrato de fornecimento e assistência técnica de geradores industriais e outros materiais de produção de energia eléctrica celebrado entre o Ministério da Energia e Águas e a Aenergy através da empresa pública ENDE no valor de 114,2 milhões de dólares.
Os bens, diz ainda o comunicado, já se encontram na posse do Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado (IGAPE).
De recordar que o Governo rescindiu recentemente 13 contratos com a Aenergy alegando quebra de confiança. A empresa tem rejeitado as acusações e diz ter alertado o Ministério da Energia e Águas para irregularidades, afirmando ainda num comunicado citado pelo jornal Mercado que executou vários projectos sem receber pagamento.