A gerente e o subgerente do banco, a tesoureira e outro funcionário são arguidos no processo e acusados de abuso de confiança, danos, sabotagem informática, furto e associação criminosa.

Um oficial das Forças Armadas Angolanas, pertencente à Marinha-de-Guerra, que participou no assalto foi morto pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC), um dia após o assalto, quando era perseguido, na zona do Zango III.

Conta a acusação que os arguidos, de modo consertado, prepararam um plano para roubarem mais de 101 milhões de kwanzas da caixa forte da agência do BCI, em Viana.

Para tal, desligaram o circuito das câmaras de vigilância e no último acto de dispersão, após tirarem os milhões de kz, simularam um incêndio na dependência em causa.

Conta a acusação que os arguidos não sabiam que havia uma câmara que funcionava de modo autónomo, que não deixou de filmar o seu ângulo de cobertura.

Segundo a acusação, tão logo se deu o falso incêndio, a gerente da agência, que se encontrava em gozo de férias, apareceu no banco, o que levantou suspeitas.

A acusação refere que mesmo na presença de uma equipa multidisciplinar do BCI, a tesoureira demorava, com artimanhas, a abrir a caixa forte do banco. Depois de a abrir, prossegue a acusação, deu-se conta do furto dos milhões de kwanzas.

A gerente, mesmo em gozo de férias apareceu na agência, no dia do incêndio, e, quando foi indagada, justificou que foi apenas tirar alguns documentos que tinha no seu gabinete, o que não convenceu os órgãos de investigação.

Disse que foi chamada por uma colega que lhe disse que na agência tinha havido um incêndio, o que a colega negou.

A gerente, de 51 anos, nega ser a principal mandante do crime e assegura que foi "tramada" pelos seus colegas.

Este crime ocorreu a 16 de Fevereiro de 2022, na agência do BCI, na Vila sede de Viana.