Mais de 150 antigos combatentes e veteranos da Pátria ligados aos três movimentos de libertação nacional (FNLA, MPLA e UNITA), que há quase seis anos beneficiaram de crédito bancário do Banco de Poupança e Crédito (BPC), para a aquisição de habitações no projecto Vila Residencial Maquis, localizado no KM 38, no município de Viana, em Luanda, acusam os sócios da empresa Construções Associadas S.A, a empreiteira, de incumprimento contratual e de burla.
De acordo com documentos a que o Novo Jornal teve acesso, após a assinatura dos contratos e pagamentos das habitações, via crédito habitacional, em 2014, as residências, na sua maioria T3 e T4, deviam ser entregues àqueles ex-guerrilheiros no prazo de um ano, mas "ainda não saíram" do papel.
Em contrapartida, as contas bancárias dos ex-guerrilheiros continuam a sofrer descontos mensais ao dinheiro que auferem da Caixa Social das Forças Armadas Angolanas (FAA), correspondentes ao pagamento do empréstimo, cuja taxa de juros é de 12% por ano. Os descontos vão acontecer até 2029, de acordo com o contrato assinado entre as partes.
Desde 2015, os lesados têm participado de várias reuniões com as direcções da empresa construtora, da Associação dos Antigos Guerrilheiros (AAG) e do BPC, com o propósito de ultrapassar o "dilema", mas sem sucesso. Agastados com a situação, pedem a intervenção das autoridades judiciais e do Ministério da Defesa, Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria, embora o assunto já seja do domínio do Tribunal Provincial de Luanda, da Procuradoria-Geral da República (PGR) e da Inspecção-Geral da Administração do Estado (IGAE).
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