A ponte da rua Olímpio Macuéria une a rua que sai do Hospital Sanatório de Luanda, na Palanca, e desemboca na estrada Machado Saldanha, no distrito urbano do Neves Bendinha, e serve os bairros do Golf 1, Popular e Cassequel.

Em consequências das fortes chuvas, que caíram sobre Luanda no dia 22 de Fevereiro do ano passado, a ponta desabou. Em finais do mesmo ano, deu-se o início aos trabalhos para a reposição da mesma, mas as obras paralisaram logo no segundo mês desde ano, não se sabe ao certo porque razão.

Há quem diga que é em função do surgimento da pandemia do novo coronavírus, mas há outras pessoas que afirmam que é por falta de verba para a continuidade da obra.

No local, há sinais de que os trabalhos já haviam começado, como constatou o Novo Jornal, que visitou a obra e verificou que a mesma está paralisada apesar de já ter sido feita a colocação dos esgotos nas proximidades.

Moradores da zona dizem que estavam entusiasmados com a reposição dos trabalhos e lamentam o facto de a mesma ter parado.

"Em Julho do ano passado esteve aqui o ministro da construção e o governador de Luanda, na altura Sérgio Luther Rescova, que disseram que a obra ficaria pronta em Outubro de 2019, mas isso não aconteceu", disse João Paulo, morador.

Outros residentes contaram que acreditaram que a reposição da ponte seria breve, face à visita ao local da mais alta figura do GPL, que na altura prometeu a pronta intervenção das autoridades na restituição da ponte no prazo de quatro meses.

Alguns automobilistas, sobretudo taxistas, contaram que o atraso das obras da ponte da rua Olímpio Macuéria está a criar vários transtornos na circulação automóvel, uma vez que o interior do bairro não oferece condições.

Teigo Menezes, taxista na rota Correios/Sanatório, contou que estavam contentes com o início dos trabalhos no Olímpio Macuéria, quando, de repente, tudo voltou a parar.

O taxista, que trabalha na zona há cinco anos, explicou que as ruas que deveriam facilitar o trânsito automóvel como alternativas estão em péssimas condições.

Quanto à criminalidade no perímetro, que gerava muitas reclamações, dizem os moradores que desde que se colocou no local o estaleiro da empresa encarregue da obra, a Unidade Técnica de Gestão do Saneamento de Luanda (UTGSL), o índice de assaltos diminuiu consideravelmente no local.

Sobre o assunto, o Novo Jornal tentou o contacto com a Unidade Técnica de Gestão do Saneamento de Luanda, para os devidos esclarecimentos, mas não obteve reações.

De recordar que em Março desde ano, o então governador de Luanda, Sérgio Luther Rescova, anunciou que estavam já assinados os contratos com as empresas apuradas no concurso público, para o início, em Abril último, das obras de reabilitação das 20 vias a nível da província de Luanda, incluindo a ponte da Rua Olímpio Macuéria, no distrito do Neves Bendinha, coisa que não está acontecer no local.