De acordo com o comissário António Bernardo, porta-voz da "Operação Transparência", a maioria dos cidadãos estava envolvida na prática de garimpo de diamantes na Lunda Norte.

"Do saldo final, ou seja, até hoje, temos um número de 180.802 cidadãos, todos da República Democrática do Congo, que abandonaram livremente o nosso país e que se encontravam nos vários pontos, quer na Lunda Norte, quer nas demais localidades do país", transmitiu.

António Bernardo afirmou que "ficou comprovado" que é na Lunda Norte que "existe o maior fluxo de actividade ilícita de exploração e tráfico de diamantes e, concomitantemente, o maior número de estrangeiros ilegais".

O porta-voz da operação revelou ainda que foram também apreendidas 31.742 pedras de diamantes, avaliadas em 1.804 quilates, e encerradas mais de 120 casas de compra e venda, três delas pertencentes a cidadãos nacionais.

Foram ainda apreendidos cerca de 650 mil dólares norte-americanos, mais de uma centena de viaturas, 165 motorizadas, cinco dezenas de dragas, mais de 100 moto-bombas e 54 contentores.

Máquinas de drenagem, lupas e fatos de mergulhador fazem também parte da lista de apreensões.

A "Operação Transparência", que decorre há 15 dias e visa pôr fim ao garimpo ilegal de diamantes nas províncias de Malanje, Lunda- Norte, Lunda-Sul, Bié, Moxico e Uíge, está a ser desenvolvida por efectivos da Polícia Nacional (PN) e das Forças Armadas Angolanas (FAA).

A operação tem ainda como objectivo o combate à imigração e está programada para se concretizar, de forma faseada, até 2020.