O diploma vai permitir que os hospitais públicos e privados sejam autorizados por lei, pela primeira vez em Angola, a fazer o transplante de órgãos humanos a pacientes com insuficiência renal.

A ministra da Saúde, Sílvia Lutukuta, explicou aos deputados que, além de salvar pessoas, prolongando em muito a expectativa de vida, a doação pode melhorar a qualidade de vida de quem precisa de um transplante, permitindo que esses pacientes possam retomar as actividades normais.

"Este documento em discussão na especialidade, aqui na Assembleia Nacional, é muito importante porque visa assegurar o tratamento de muitas doenças por meio de transplante", acrescentou.

De acordo com a ministra, a consciencialização da população sobre a importância da doação de órgãos é vital para melhorar a realidade dos transplantes no País.

Recorde-se que, quando o diploma foi aprovado na generalidade, a ministra da Saúde, informou que o Estado gasta, anualmente, 15 mil milhões de kwanzas com os 1.621 doentes que fazem hemodiálise.

Adiantou que cerca de 12 por cento do orçamento destinado à Saúde vai para o tratamento de doentes que fazem hemodiálise.

A ministra da Saúde anunciou a abertura de vários centros públicos de referência nacional para o transplante de órgãos.

Sílvia Lutukuta referiu ainda que as instituições privadas para fazer transplante deverão solicitar autorização ao Ministério da Saúde.