Inocência Pinto fez a divulgação desta informação na quinta-feira quando a instituição recebia o prémio Palanca Negra, tendo acrescentado que correm igualmente 80 processos em instrução preparatória, o que significa que são situações alvo de recolha de prova para sustentar a acusação e seguir para julgamento, como preconiza o Ministério Público, ou o seu arquivamento.

A procuradora-adjunta, citada pela Angop, referiu que alguns casos foram já levados a juízo, sem, no entanto, especificar o número nem os cidadãos envolvidos, admitindo, no entanto, que a questão da corrupção atingiu no país "dimensões alarmantes" e percorre todos os sectores do Estado.

A contas com a justiça, dentro do universo das figuras mais conhecidas da da política angolana estão, como recorda a agência de notícias, o antigo ministro das Obras Públicas, Higino Carneiro, e o antigo director do extinto Gabinete de Revitalização e Execução da Comunicação Institucional (Grecima), Manuel Rabelais, ou ainda José Filomeno dos Santos "Zenu", acusado de má gestão dos activos do Fundo Soberano de Angola (FSDEA).

Da lista fazem ainda parte o ex-embaixador de Angola na República Federal e Democrática da Etiópia e Junto da União Africana, Arcanjo do Nascimento, o ex-secretário para os Assuntos Económicos do Presidente da República, Carlos Panzo, e o ex-director do Instituto Nacional de Estradas de Angola, Joaquim Sebastião.

O ex-ministro dos Transportes foi recentemente condenado a 14 anos de cadeia, embora a sua defesa tenha avançado com um recurso suspensivo da pena, mantendo-se, todavia, em cárcere preventivo.