Esta informação foi avançada ao Novo Jornal Online por Micael Daniel, presidente da ANEUD, que considera que "a falta de sensibilidade inibe o direito de cidadania das pessoas portadoras de deficiências", e que a associação pretende, com esta campanha, chamar a atenção aos operadores de transportes colectivos de passageiros e taxistas da capital, com vista a que tenham maior atenção e cuidado para com os deficientes.

"O objectivo é lembrar os taxistas que existe a lei da sensibilidade, aprovada em 2016, que estabelece alguns deveres no âmbito dos transportes e, que estas leis devem ser cumpridas por eles", disse.

Micael Daniel salientou que a companha, a decorrer sob o lema "Eu também sou passageiro, a minha cadeira é parte do meu corpo, ela vai aonde eu vou", vai contar com mais de 100 estudantes portadores de deficiência, na manhã de sábado, na paragem da Mutamba, na baixa de Luanda.

"As pessoas portadoras de cadeira de rodas, deficiência auditiva e visual têm encontrado inúmeras dificuldades no acesso aos táxis e a outros transportes de uso colectivo. E a falta de sensibilidade muitas das vezes impede o direito de cidadania destas pessoas" explicou o presidente do ANEUD.

A Associação Nacional do Estudantes Universitários com Deficiência foi criada em 2014, é uma instituição cuja finalidade é a defesa dos interesses das pessoas portadoras de deficiência, apoio na integração em instituições de ensino superior público e privado, formação académica e profissional, e enquadramento no mercado de trabalho, congregando mais de 1400 membros, maioritariamente estudantes universitários portadores de deficiência.