De acordo com o documento da FAO, a nível dos países lusófonos, o Brasil lidera a lista, com 1,5 milhão de hectares perdidos a cada ano na última década e Moçambique está no último lugar da lista, com 223 mil hectares anuais.

"Angola está a perder 555 mil hectares em média todos os anos, exatamente o mesmo valor que perdia na década anterior, mas um grande aumento em relação à década de 1990-2000, quando eram destruídos 155 mil hectares todos os anos", diz o relatório a que o Novo Jornal teve acesso.

Segundo os dados mais recentes do Ministério da Agricultura e Pescas, a área de exploração florestal produtiva do País está estimada em 69 milhões de hectares, representando uma vasta cadeia de exploração da flora e fauna nacional.

Segundo os mesmos dados, os 69 milhões de hectares representam cerca de 56,3 por cento do território nacional.

A exploração florestal em grande escala está concentrada nas províncias de Cabinda, Uíge, Bengo, Kuanza-Norte, Moxico, Lunda-Sul, Kuando Kubango e Huambo e, em pequena escala, no Zaire, Malanje, Huíla, Bié e Lunda-Norte.

Segundo dados da ONU, as florestas contêm 60 mil espécies de árvores, 80% de todas as espécies de anfíbios, 75% das espécies de aves e 68% dos mamíferos.

O mundo possui uma área total de floresta de 4,06 bilhões de hectares, o que representa cerca de 31% da área total do planeta. A Europa, incluindo a Rússia, acolhe 25% dessa área, seguida pela América do Sul, 21%, América do Norte e Central, 19%, África, 16%, Ásia, 15%, e Oceânia, 5%.