"A falta de eléctrica na Centralidade do Sequele tem a ver com a danificação de uma travessa de cobre que sustenta uma torre de transporte de electricidade de alta tensão, que foi ontem saqueada por elementos até aqui não identificados, o que fez com que perdesse consistência e tombasse, causando danos na linha e deixando a urbanização sem energia eléctrica", disse ao NJOnline o porta-voz da Empresa Nacional de Distribuição de Energia (ENDE).

Pedro Bila informou que, neste momento, a ENDE não tem ainda como alimentar a Centralidade do Sequele, face aos danos causados.

"Enquanto não repararmos esse torre, que é um trabalho muito difícil, vai levar algum tempo, não podemos precisar ainda o período, mas acreditamos que muito rapidamente isso será ultrapassado".

O porta-voz da ENDE lamenta o sucedido, e apela aos munícipes da capital maior vigilância a denunciarem os prevaricadores.

"São torres metálicas e os saqueadores desmontaram as travessas e a torre perdeu a sustentação da base e caiu, na queda danificou os condutores no seu todo", disse Pedro Bila, acrescentado que "por causa do lucro fácil, e como agora é hábito venderem o material metálico, não mediram o grande prejuízo que estão a provocar ao país".

De referir que a Polícia Nacional, em Luanda, recuperou no mês de Julho, cerca de 71 contentores contendo cabos eléctricos e material ferroso, avaliado em mais de 50 milhões de kwanzas, durante uma operação denominada "Corvo".

Na ocasião, o inspector-chefe Lázaro da Conceição, chefe das operações do Comando Provincial de Luanda, destacou que o flagrante delito ocorreu no mercado dos Correios, no Golf II, no Município do Kilamba- Kiaxi, onde os acusados foram surpreendidos a comercializar as respectivas mercadorias.

Vale lembrar que em Agosto último, homens não identificados roubaram os cabos eléctricos e um posto de transformação (PT) e vandalizaram um gerador, que servia de suporte à iluminação pública na Baía de Luanda.

Na ocasião, a presidente da Comissão Administrativa da Cidade de Luanda, Maria Nelumb, disse ao NJOnline que estas práticas têm-se verificado com frequência na cidade de Luanda e que nos últimos dias ganharam uma forte intensidade.

"Não faz sentido o Governo trabalhar para o bem da população e os prevaricadores trabalharem em sentido contrário", explicou.

De referenciar que ontem, na cidade do Lubango, na Huíla, o ministro da Comunicação Social, João Melo, disse que à imprensa que é preciso imprimir nova atitude na prática de comunicar, que passe por valorizar as boas práticas, criticar de forma factual e objectiva, assim como denunciar o vandalismo dos bens públicos.