Num comunicado enviado ao NJOnline, o Gabinete de Comunicação do Ministério do Interior (MinInt) lembra que, "apesar da acção desenvolvida pela Polícia Nacional", este tipo de crime sofreu um significativo aumento, com "incidência particular" nas empresas do sector eléctrico.

O roubo e furto de material eléctrico e electrónico, como tem sido frequente nos postos de transformação e mesmo em linhas de transporte de energia, para obtenção de metais, como o cobre, tem sido cada vez mais noticiado, sendo um fenómeno relativamente novo em Angola.

A Polícia Nacional (PN) e o Serviço de Investigação Criminal (SIC) têm desenvolvido diversas acções de combate a este tipo de criminalidade, com a detenção de alguns indivíduos, que, ao que tudo indiciava, procuravam obter metais para venda, nomeadamente o cobre, cuja procura tem aumentado em todo o mundo.

Embora não esteja no documento de forma explicita, o Ministério do Interior, segundo o seu gabinete de comunicação, contactado pelo NJOnline, admite que por detrás deste crescendo na prática destes roubos e furtos, pode estar "uma tentativa de desestabilizar o trabalho do Executivo", nomeadamente no que toca à electrificação do país.

Isso mesmo quer dizer o comunicado quando sublinha que o que está por detrás desta vaga de criminalidade "pouco frequente" em Angola "parece não ser apenas o enriquecimento fácil", embora sem referir ou apontar eventuais responsáveis.

O que o Ministério do Interior garante é que tanto a PN como o SIC "estão mobilizados" para o "combate cerrado a todos os que insistirem em tais práticas" de forma a serem levados à justiça e serem "punidos exemplarmente".

É ainda feito um apelo à população para estar "vigilante" e para "denunciar" estas práticas, quer se trate de cidadãos nacionais ou estrangeiros, que, com este tipo de crimes, "aumentam as dificuldades que o país vive", sublinhando que os cidadãos estrangeiros visados são apenas aqueles que enveredam pela prática de crimes, garantido que nesses casos, "conhecerão a acção contundente das forças da ordem e dos órgãos de justiça".