Segundo a Polícia Nacional (PN), o jovem, suspeito do homicídio qualificado, que foi identificado pelos frequentadores daquela paragem de táxi, encontra-se em fuga e já teve varias passagens pelas esquadras de Luanda.

O director do Gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa da Delegação do Ministério do Interior na província de Luanda, intendente Mateus Rodrigues, adiantou ao NJOnline que o taxista, de 38 anos, foi morto com um golpe fatal na cabeça com um ferro usado para grelhar "pinchos", que o presumível homicida retirou do grelhador de uma vendedora de rua que se encontrava naquele local.

O crime ocorreu na tarde de Sábado, por volta das 14:20, no mercado dos Kwanzas, onde o suposto agressor, que não é lotador "oficial" e estava a fazer cobranças irregulares de 100 Kwanzas aos taxistas que já tinham as suas viaturas carregadas, explicou o oficial.

Mateus Rodrigues acrescentou ainda que o homicida já teve várias passagens pela polícia foi posto em liberdade há cerca de um mês.

De acordo ainda com o responsável pela comunicação do MININT, o homicida ficou furioso porque encontrou resistência por parte da vítima para entregar os 100 kwanzas.

Por sua vez, Geraldo Wanga, presidente da Associação Nova Aliança dos Taxistas (ANATA), contactado pelo NJOnline, lamentou o acto e diz não perceber a situação porque normalmente nas paragens de táxis tem sempre polícia.

"Perdemos um colega, é mais uma vida que se perde. Não se percebe como é que numa cidade como Luanda, onde a polícia está sempre nos locais onde estão os taxistas, aparecem indivíduos com este tipo de comportamento sem que sejam detectados", lamentou.

O presidente da ANATA salientou ainda que existem muitos jovens com este tipo de comportamento nas paragens de táxis a incomodarem os taxistas aos olhos da polícia.

"Este jovem que assassinou o nosso colega não é lotador, os lotadores estão identificados. Este individuo é meliante, e como ele existem muitos nas paragens de táxis a fazerem a vida cara nos nossos taxistas, mesmo diante dos olhos dos efectivos da Polícia Nacional", denunciou.