O porta-voz do comando provincial da Polícia Nacional, Hermenegildo de Brito, disse à Angop que os grevistas foram ainda acusados de alterar a ordem e tranquilidade públicas, danificação parcial de viaturas da empresa e agressão a um motorista.

Um grupo de trabalhadores da Elisal tentou impedir, durante a manhã de sexta-feira, a saída de viaturas subcontratadas para serviços mínimos, criando tumulto entre os grevistas e efectivos da Policia Nacional.

Estes trabalhadores, que exigem o pagamento de salários e subsídios em atraso, não permitiam que os meios de uma empresa subcontratada pela Elisal para prestar serviços mínimos saíssem à rua para actividades de limpeza.

Os funcionários, que reivindicam ainda melhores condições de trabalho, paralisaram as suas actividades a 23 de Dezembro último, por tempo indeterminado.

O secretário adjunto para a mobilização da comissão sindical da Elisal, Agostinho Neto, disse que até ao momento não receberam os salários de Dezembro nem os subsídios de natal, situação que coloca os trabalhadores em desespero.

Por outro lado, acusa a entidade patronal de não querer manter o dialogo com os trabalhadores grevistas que estão dispostos a retomar as actividades.

O porta-voz da comissão de gestão da Elisal, Gonçalves Imperial, disse que existe boa vontade e abertura para conversar com os trabalhadores.

Acrescentou que num encontro com a comissão sindical ficou o compromisso de que serão efectivados os pagamentos tão logo sejam ultrapassadas as dificuldades que impedem o cumprimento desta obrigação .