Se o fim do conflito armado significou, por um lado, a retoma da vida na maioria dos sectores económicos, por outro, para as companhias aéreas nacionais foi o culminar de uma época de bonança que esse (sector) atravessava. Com o advento da pacificação, quase se tornou notório o desaparecimento repentino das inúmeras companhias que trafegavam pelos céus do País, respirando "prosperidade".

A julgar pelos perigos que as estradas representavam durante a guerra, quase tudo, na altura, se movia com recurso à aviação, desde os transportes de passageiros, passando pelas mercadorias até às ligações entre capitais provinciais, já que o País estava repartido em ilhas, o que tornava o negócio da aviação muito apetecível, tendo em conta a avultada rentabilidade.

Actualmente, porém, aquilo que se adivinhava um negócio sustentável disputado por conhecidas altas patentes do Exército e da Polícia Nacional passou a ser "sol de pouca dura", do qual apenas restam aparelhos estacionados por longos períodos nos aeroportos, a par de escassas operadoras activas num mercado sob domínio da TAAG, que sobrevive à mercê do suporte estatal e, caso não fosse a companhia de bandeira, estaria falida.

Durante a efémera época do boom da aviação, pontificavam companhias, sobretudo charter ou de transporte de cargas, utilizando cargueiros do tipo Boeing, Antonov e Hercules C-130 entre outros pertencentes às companhias TAAG Air Charter (então braço cargueiro da TAAG), Transafrik, Alada, Air Gemin, Air Guicango, Air Angol, Mavewa, Air Pesada e Aero Voar.

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