A aquisição e a entrega da vacina dependem de a Sputnik V ser incluída numa lista de uso emergencial da Organização Mundial da Saúde (OMS), uma decisão que o RDIF disse ser esperada para breve, avança a agência Reuters, que refere que o FIDR pediu a aprovação da OMS já em Outubro e 2020.

"O acordo de fornecimento acordado com a Unicef irá expandir o acesso às vacinas e permitirá satisfazer a procura mundial", disse o FIDR.

O fundo russo acrescentou também que está em conversações com a Aliança GAVI, a fundação de Bill e Melinda Gates, para ver se pode incluir a Sputnik V no mecanismo internacional COVAX, concebido para a distribuição equitativa de vacinas.

A Rússia tem quatro vacinas contra a Covid-19 de produção própria: a Sputnik V, a EpiVacCorona e a CoviVac, todas compostas por duas doses, e a Sputnik Light, de dose única, e tem vindo a firmar acordos de exportação de milhões de doses de Sputnik V, mas, segundo a Reuters, a distribuição está a ser lenta no próprio país, onde algumas regiões se queixam de que o processo de vacinação não está a andar suficientemente depressa.

Angola foi um dos países que adquiriu a Sputnik, que começou a ser administradada este mês, depois de o Presidente ter autorizado um ajuste directo no valor de 111 milhões de dólares para a compra de seis milhões de doses da vacina para imunizar trabalhadores de saúde, pessoal dos serviços sociais, idosos de lares, professores, pessoal de segurança pública, incluindo bombeiros e militares, bem como outros grupos muito expostos ao SARS-CoV-2.