O processo que deu entrada num tribunal de Nova Iorque sustenta que os três passageiros afro-americanos, que não se conheciam nem viajavam juntos, tal como os restantes cinco que acabaram expulsos, foram alvo de "brutal e escandalosa discriminação racial".

Segundo vários media norte-americanos, os oito passageiros negros, todos os afro-americanos que seguiam naquele voo da American Airlines, foram obrigados, a 05 de Janeiro deste ano, a sair do avião pouco antes de levantar da pista em Phoenix, Arizona, com destino a Nova Iorque, apenas porque alguém mencionou a existência de "odor corporal ofensivo".

Ao que tudo indica, sem pestanejar, os funcionários da companhia obrigaram todos os passageiros negros e homens a deixar o aparelho, naquilo que é claramente um caso de racismo.

Segundo a argumentação da acusação, os passageiros não obtiveram no momento nenhuma razão válida para terem sido obrigados a deixar o avião.

Depois de uma segunda análise e perante a evidente ilegalidade, os oito passageiros, que já estavam na gare, foram de novo sentados no mesmo avião porque, provavelmente, a companhia terá percebido que estaria perante um problema jurídico que só poderia perder e que iria ficar caro, como, de resto, irá suceder no fim do julgamento agora despoletado.

Todavia, como é tradição nos EUA, estes casos são resolvidos através de um acordo monetário que, nesta situação, devido ao potencial de danos reputacionais para a American Airlines, poderá atingir largos milhões de dólares.