Não se importa, por isso, de nos envolver num amplexo caloroso para nos confortar com a riqueza sem preço da sua espiritualidade.

A sua solidariedade marca presença, deste modo, tanto junto de doentes hospitalizados, como de soldados na frente militar ou de reclusos nas diversas penitenciárias do país, sem esquecer ainda aqueles que são apanhados no turbilhão de viagens no alto mar ou em terra maltratada.

Quando mal disposto, porém, o Pai Natal não está para meias medidas! Irritado, não se importa de mandar servir a frio a última ceia no último dia do ano. Nestes casos, o desconsolo é total. No nosso caso, foi arrasador!

Como aconteceu à entrada deste novo ano quando, agastado, foi bater à porta do divino casal, que, nos últimos vinte anos, passou a apresentar-se aos "Óscares" russo-congoleses como herdeiro natural do património nacional...

Património que, se calhar, começou a ser construído ainda ao tempo em que - logo após longo, penoso e dramático luto nacional, o país, parecendo ter a escrita em dia, passou então a ser liderado por um "guarda-livros" rigoroso, disciplinado e exemplar.

Com o andar do tempo, porém, à medida que as garras se iam afiando, a espécie foi ganhando o gosto pelo galinheiro e com o cofre no colo, passou a ser-lhe familiar controlar o "vai-e-vem" do "elevador".

Na posse das chaves, com a vestimenta de Luís XIV, começou então a implantar por aqui como sua principal fonte de maquiavélica inspiração esta "relíquia" política: "l"état c"est moi"!

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