O Plano prevê também a reabilitação das vias de Luanda e a criação das infraestruturas integradas de Caxito, província do Bengo, bem como construir e reabilitar e apetrechar unidades hospitalares.

Prevê ainda a conclusão da primeira fase do Campus Universitário de Cabinda e a construção de 36 complexos residenciais administrativos para o alojamento de quadros que forem colocados nos municípios e a reabilitação de infraestruturas administrativas diversas

Este plano contempla o desenvolvimento de 1.864 intervenções e projectos em todo o território nacional afectos às áreas definidas como prioritárias, sendo 68 por cento implementados pelos órgãos de Administração Local e 32 por cento por órgãos da Administração Central.

No âmbito do PIIM, os municípios vão receber 25 milhões de kwanzas mensalmente que são de consignações extraordinárias, no âmbito do Programa Integrado de Desenvolvimento Local e Combate à pobreza.

Para isso, o Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM), que será implementado sem recurso ao endividamento público, vai contar com o financiamento do valor equivalente em kwanzas a 2.000 milhões de dólares do Fundo Soberano de Angola (FSDEA).

Segundo o Chefe de Estado, no seu discurso de abertura, o PIIM contempla "uma forte componente de acompanhamento e monitorização como forma de garantir a execução nos moldes programados e em tempo útil, dos projectos implementados".

"Estão, por isso mesmo, definidas modalidades de monitorização permanente susceptíveis de garantir o cumprimento de boas práticas de gestão, através da aplicação de ferramentas tecnológicas adequadas para o efeito e da instalação de um centro de controlo no Ministério da Administração do Território e Reforma do Estado", anunciou.

Em representação dos administradores municipais de todo País, a administrador municipal de Camacupa, Alcida de Jesus Camatele, agradeceu o lançamento do plano, frisando que "o mesmo vai ajudar ao desenvolvimento do País, o mais rápido possível".

"Antigamente, as soluções para os municípios vinham encapotadas do centro sem sermos ouvidos. A partir de agora os problemas serão minimizados", adiantou.

Segundo ela, com o PIIM, passam a ser os próprios administradores municipais e os municípios a elencarem as prioridades das suas acções e projectos para o período 2019-2020.

O governador provincial de Luanda, Sérgio Luther Rescova, valorizou o plano, salientando que terá muito impacto a nível dos municípios.

"A descentralização administrativa, como uma das bases estruturais da Administração Pública, visa garantir as liberdades locais, proporcionando a participação dos cidadãos na tomada de decisões públicas em matérias que concernem aos interesses e objectivos de um Estado moderno